Blog SOS Amazônia

A conservação da natureza depende do seu voto

Eleitoras e eleitores, o futuro do Brasil para os próximos quatro anos será decidido no dia 30 de outubro, com o segundo turno das eleições presidenciais. Temos duas opções na urna eletrônica que representam caminhos distintos e antagônicos para o país. De um lado, está um candidato pela manutenção da democracia, capaz de equilibrar políticas aparentemente opostas, como agronegócio e agricultura familiar, desenvolvimento econômico e conservação do meio ambiente, geração de oportunidades e assistência social. Do outro lado, temos o descaso com as minorias, a devastação do meio ambiente, a impunidade para crimes ambientais, a representação do fascismo, a verborragia.

Nos últimos quatro anos, regredimos muito no campo do diálogo, dos direitos civis, dos serviços públicos e de outras conquistas asseguradas pela Constituição de 1988, que prevê em seu Art. 255 um “meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

No primeiro turno, foi eleito um Congresso predominantemente representado pela “velha política”, em que prevalece o machismo, o patriarcado, a heteronormatividade, a desigualdade racial e pouco apresenta em termos de criatividade ou reinvenção social. Uma grande parte é composta por parlamentares que atuam para a manutenção das velhas estruturas e que atendem a interesses restritos de fortes grupos econômicos e, muitas vezes, particulares.

No caso da Amazônia, especificamente, predomina o pensamento de dominação, que enxerga a floresta como um reservatório de riquezas materiais a ser explorado. Como consequência dessa “velha política”, presenciamos o aumento do desmatamento: ele apresentou queda entre os anos de 2004 e 2012 e voltou a subir vertiginosamente a partir de 2018, período que coincide com a gestão do atual presidente. Mas, na esfera política, nada é coincidência. Existe um plano de governo em ação e, dentro dele, quem pensa diferente é tratado como inimigo.

Não bastasse a perda da biodiversidade, vimos aumentar a intolerância com povos indígenas, a invasão de áreas protegidas e a legitimação de práticas ilegais. Registramos cortes nas áreas da saúde e educação, que deveriam ser prioridades para qualquer governo comprometido com o bem-estar da população. A cultura foi relegada à condição de passatempo, sem dar ao fazer cultural o devido valor que ele tem para o bem-viver.

Este é um momento de consciência profunda, de revisitar valores, de exercitar a empatia, de defender direitos civis, de respeitar as diferenças e de conviver harmoniosamente com elas. É o momento de lutar pela conservação da natureza, das populações tradicionais e dos povos originários. Diante de um cenário tão grave e fragilizado, apenas o seu voto pode fazer a diferença para o futuro. O Brasil é um país gigante pela própria natureza e merece um voto a favor da reconstrução e da manutenção da vida!

Vote consciente. Vote pela Amazônia.

SOS Amazônia

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