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Minicurso aborda emissão per capita de carbono no Acre

Com o objetivo de compreender os impactos de longo prazo das emissões de gases poluentes, causadores do efeito estufa, a SOS Amazônia, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal do Acre, realiza o minicurso virtual “Emissão per capita de carbono no Acre”. A ação faz parte do Projeto Brigadas Amazônia, com suporte do WWF Brasil, via Fundo Emergencial. 

Destinado a estudantes do ensino médio, o minicurso será realizado entre os dias 22 e 26 de novembro, das 14h às 16h, através da plataforma Google Meet. Dividido em cinco encontros de duas horas cada, o minicurso inclui ainda atividades assíncronas, como leitura de artigos, documentários e atividades práticas com orientação remota.

Ministrado pelo professor doutor Cleber Salimon, com a colaboração de Wendeson Castro e Yara de Paula, o minicurso busca conscientizar os estudantes sobre os impactos de comportamento e hábitos cotidianos sobre meio ambiente e o clima. Cleber Salimon reflete que a maior parte da população não estabelece uma relação direta entre o que consome e o impacto do processo de produção de tudo aquilo que é consumido.

“Se uma pessoa consome 200 gramas de carne por dia, é possível avaliar quanto tempo um boi demora para crescer, qual a área de pastagem ocupada por ele até o momento de abate e quanto de carbono essa área desmatada emite na atmosfera”, questiona o pesquisador.

Em um cenário de mudanças climáticas, o tema do minicurso ganha relevância por discutir os impactos da emissão de carbono na manutenção da vida no planeta. Para tornar o assunto ainda mais didático, os estudantes terão a oportunidade de calcular, de forma genérica e simplificada, sua própria pegada ecológica de emissão de carbono na atmosfera.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (ONU), o aumento da temperatura no planeta deve ser de 1,5ºC no decorrer do século 21, podendo chegar a 4ºC em algumas regiões. “Na Amazônia, essa mudança pode representar uma redução das chuvas e aumento da inflamabilidade da floresta. Com isso, o bioma Amazônia passar a ter um equilíbrio de cerrado (savana) e não mais de floresta”, explica Salimon.

Como medida de adaptação a essa nova realidade, o pesquisador sugere a redução do consumo de carne e o uso de combustíveis fósseis.
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