A SOS Amazônia realizou, nos dias 19, 21 e 22, mais palestras sobre a destinação correta dos resíduos sólidos. Depois do Colégio Vitória, agora foi a vez da Escola Estadual Clícia Gadelha, no bairro São Francisco, em Rio Branco.
Destinada a estudantes do 3º ano do ensino médio, a ação tem por objetivo promover hábitos saudáveis acerca da temática resíduos sólidos.
Os participantes tiveram explicações sobre unidade de tratamento de resíduos, reciclagem, reuso e compostagem, além do incentivo ao consumo consciente.
“Levamos conhecimentos que podem gerar importantes transformações no ambiente. Agradecemos a inciativa da professora Giuliana por nos inserir em atividades como essas, de podermos contribuir com ferramentas para que esses estudantes façam suas reflexões sobre como se relacionam com a natureza”, disse Fiama Ricardo, mediadora da palestra e bióloga da SOS Amazônia.
A estudante Camila Stephanie é um exemplo de quem pretende agora colocar em prática as lições aprendidas. “Achei muito bom porque eu não tinha a mínima ideia da tonelada de lixo que nós produzimos todos os dias na cidade de Rio Branco. Eu antes da palestra, era uma dessas pessoas que não ligava, eu jogava tudo no chão e não fazia a menor questão de procurar uma lixeira. Mas agora não, depois de ouvir a palestra eu fiquei mais consciente em relação a isso. Agora entendo que nem tudo é lixo e que posso reutilizar muitas coisas.
Outra ação importante dessa agenda foi a realização de gincana para evidenciar a poluição no bairro São Francisco, nomeada de ‘São Francisco sem PET’. Durante dois meses, os estudantes, divididos em seis grupos, saíram em busca de lixo jogado nas ruas e córregos. Uma forma também de dar um bom exemplo a quem insiste em jogar lixo no chão. De acordo com a professora de biologia e responsável pelas atividades, Giuliana Santi, foram coletados 510 quilos de garrafas PET.
Esse material será comercializado junto aos sucatões de Rio Branco e o dinheiro arrecadado será usado para apoiar o projeto de desovas de quelônios (tracajás, iaçás e tartarugas) ao longo do rio Juruá. O valor do quilo de plástico custa, em média, 0,40 centavos.
“É muito bom saber que a SOS Amazônia está de portas abertas no sentido de apoiar e orientar esses alunos. Com certeza, eles estão com uma mentalidade diferente depois das palestras que foram dadas, pois reforça o que o professor trabalha dentro de sala. Nós temos um papel de plantar sementes, se elas serão regadas, não sabemos, pois muitos deles têm a vida muito difícil, mas é sempre importante plantar essa semente”, analisa Giuliana Santi.