SOS Amazônia leva mensagem de defesa das populações extrativistas nos 50 anos da Nike

A SOS Amazônia é uma das organizações parceiras da Nike para fortalecer a agenda da sustentabilidade no país e combater os efeitos negativos das mudanças climáticas. Miguel Scarcello, secretário-geral e co-fundador da SOS Amazônia, representou a ONG no aniversário de 50 anos da marca esportiva, realizado em 4 de junho, no planetário do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

A parceria com a Nike prevê a recuperação de 200 hectares de áreas degradadas com o plantio de 400 mil árvores até 2025. “Esse apoio chega até nós como um sopro de ânimo e esperança para ampliar nossos projetos e fortalecer as populações extrativistas, que estão cada vez mais pedindo ajuda em razão da ausência do estado em fazer o seu papel com mais efetividade”, considera Scarcello.

A data do evento coincide com os 50 anos de celebração do dia do Meio Ambiente (5 de junho), marcado por um contexto de retrocesso das políticas ambientais e aumento desenfreado do desmatamento. “A gente sente uma responsabilidade maior com esse apoio, diante de uma realidade tão grave que a gente vive no planeta, em que a Amazônia volta a ter uma evolução do desmatamento incomparável nos últimos 20 anos”, avalia Scarcello.

Parceria
A Nike, por meio da FISIA, distribuidora oficial da marca no Brasil, trabalhará com a SOS Amazônia, a Associação Onçafari e o Instituto Esporte & Educação (IEE) com o objetivo de avançar ainda mais nos esforços para ajudar a proteger o planeta - e com isso - o futuro do esporte. Ao colaborar com parceiros que atuam na preservação da fauna e das florestas, a Nike quer contribuir com os esforços locais em sustentabilidade, além de continuar a construir sua história de compromissos visando a promoção do acesso ao esporte no Brasil.

A parceria com a Nike será destinada às ações do projeto Faça Florescer Floresta, que promove a recuperação da cobertura do solo com a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), isto é, o plantio de espécies florestais, frutíferas e de palmeiras, de interesse econômico e ecológico, que depois se integram à paisagem original. Em todo o processo as comunidades são envolvidas, desde a produção de mudas até a comercialização dos produtos, para que se apropriem da técnica e dos benefícios que podem ser gerados pelo projeto, o que se torna essencial para que as áreas restauradas sejam mantidas ao longo do tempo.

Considerada a maior bacia hidrográfica do planeta, a Floresta Amazônica desempenha um papel importante na regulação dos ciclos mundiais de água e carbono. Estudos também mostram que a região produz cerca de 6% do oxigênio do mundo e a sua preservação garante as chuvas para boa parte do continente sul-americano.