No primeiro dia, jovens representantes de organizações da Amazônia falarão, em live na página do Comitê Chico Mendes (@chicomendescomite), sobre a resistência às políticas que podem contribuir para a degradação ambiental na região. Além disso, farão um chamado à mobilização contra esses retrocessos. A transmissão começa às 19h no horário de Brasília e 17h no Acre.
Participam a ativista socioambiental e presidente do Instituto Mapinguari, Hannah Balieiro; a fundadora do movimento Juventude Indígena de Rondônia e ativista climática do povo Paiter Suruí, Txai Suruí; e a poetisa e representante social da Resex Chico Mendes, Val Souza.
Após o bate-papo com as três convidadas, a banda de reggae nacional Natiruts, dos hits “Sorri, Sou Rei” e “Quero ser Feliz Também”, assume o comando para apresentar alguns dos seus sucessos dos mais de 20 anos de carreira.
A programação continua no dia 11, a partir das 11h no horário de Brasília (9h no Acre), com um encontro entre jovens lideranças na plataforma Zoom para a elaboração de uma ação popular ou denúncia internacional contra projetos de lei, em circulação no Congresso Nacional, que ameaçam o meio ambiente e as populações tradicionais. As inscrições para participar da plenária podem ser feitas AQUI.
Entre as propostas que serão denunciadas ao longo do festival é o PL 6024, que quer reduzir os limites da unidade de conservação pioneira no uso sustentável da terra na Amazônia, a Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre.
De autoria da deputada federal acreana Mara Rocha (PSDB), o projeto também prevê a mudança de categoria do Parque Nacional da Serra do Divisor, o que possibilitaria a exploração dos recursos naturais na área, considerada um santuário intocado e que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta.
O Festival Jovens do Futuro é inspirado em uma carta escrita por Chico Mendes poucos meses antes de ele ser assassinado, em 1988. Endereçada à juventude do ano de 2120, a mensagem utópica celebra o centenário de uma revolução mundial que, na imaginação do líder seringueiro, tornou o planeta socialmente justo para todos os povos.
“Segundo a carta, 2120 seria o centenário da revolução. Logo, o início desse sonho se daria em 2020. Assim, começamos o festival no ano passado para marcar essa data. Queremos que a juventude conheça a mensagem que ele deixou. Isso coincide com o momento em que vemos vários jovens, no Brasil e no mundo, como protagonistas do movimento socioambiental”, afirmou a voluntária do Comitê Chico Mendes e neta do ambientalista, Angélica Mendes.
De acordo com ela, a juventude tem um papel essencial no legado do líder seringueiro porque seus ideais perpassam todas as gerações. “A ideia é unir as forças de jovens das florestas, das cidades e do campo que anseiam pela transformação. Eles são a garantia da continuidade dessa luta. No festival a gente não quer nada mais, nada menos que conquistar essa revolução idealizada pelo meu avô. Ele sonhou e a gente sonha junto”.
Maiores informações sobre o Festival Jovens do Futuro podem ser obtidas na página do Comitê Chico Mendes no Instagram.
