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Dia Mundial do Meio Ambiente | O que fazemos

Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o secretário geral da SOS Amazônia, Miguel Scarcello, relata as ações realizadas no último ano, em prol da conservação ambiental e melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais. #fiquepordentro e #façaflorescer


Rio Branco, 05 de junho de 2017


Caros associados, parceiros e simpatizantes,

A humanidade, nos últimos 50 anos, vem num processo de degradação social e ambiental, proporcional ao número de homens e mulheres que a Terra tem hoje. Em todo o planeta, a lista de extremos das ameaças ambientais aumentou, e a preservação da natureza reduziu, a exemplo da redução recente, do tamanho de algumas áreas protegidas na Amazônia, implantação de grandes represas em terras indígenas, do desmantelamento da legislação ambiental, e do escarnio e falta de respeito que líderes e políticos empreenderam com os bens públicos.


Em meio a esse cenário, nosso trabalho para promover a conservação do ambiente é parte do movimento que nada contra a corrente e fecunda as ações positivas, como faz o salmão para garantir as novas gerações. De maneira resumida, no último ano, a SOS Amazônia fez o seguinte:


  • Deu assistência técnica a 1200 famílias na Resex Alto Juruá, com implantação de viveiros, plantio de mais de 5 mil mudas e início da recuperação de 10 nascentes;
  • Apoiou e incrementou a produção extrativista de cacau nativo, borracha e óleos vegetais, de 9 cooperativas no Acre e no Amazonas;
  • Construiu banheiros e implantou coleta de água da chuva em 30 residências de extrativistas na Resex Chico Mendes;
  • Orientou quase 100 famílias à produção agroecológica dentro e no entorno do Parque Nacional da Serra do Divisor;
  • Apoiou e incentivou 20 famílias ribeirinhas a protegerem a desova de tartarugas e conservação de mais de 2000 filhotes no rio Juruá;,
  • Possibilitou a destinação correta de mais de uma tonelada de plásticos e latas de alumínio, recebidas em Rio Branco, e também enviou 360 quilos de pilhas aos fabricantes, recolhidas junto a famílias agroextrativistas no vale do Juruá.

Entretanto, fazer isso exigiu elevada capacidade de gestão e execução. Seja para manter o crédito com os fornecedores e manter salários em dia, já que o repasse dos recursos foi descontínuo e atrasado. Em 2016, por exemplo, houve um corte de 50% do orçamento previsto com o governo federal. Por isso, muito obrigado aos comerciantes do Alto Juruá, Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo, pela confiança e paciência. Sempre compreensivos e prestativos diante da nossa necessidade em manter os projetos em andamento.


No entanto, tão importante para sustentabilidade e sucesso das atividades da SOS quanto foi a dedicação e compreensão das pessoas que fazem a SOS Amazônia,  foi contar com a colaboração de dois apoiadores, que emprestaram dinheiro, sem taxas ou juros, aos quais agradecemos.


Outro ponto positivo foi contar com o acompanhamento e assistência dos Conselho Deliberativo e Fiscal da instituição, os quais foram decisivos na superação das dificuldades internas, aconselhando e orientando o melhor procedimento e condução das soluções.


Mesmo com prejuízo financeiro significativo, graças ao empenho de todos que formam a instituição posso dizer que em 2016 a Missão da SOS Amazônia também foi cumprida. A continuidade dos nossos esforços depende muito de apoio financeiro. Sua ajuda e participação voluntária nas nossas ações são decisivas para a continuidade e ampliação do que fazemos.

 

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