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Viveiros são implantados em comunidades do Juruá


Equipe técnica da SOS Amazônia e Moradores da comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves. Ao fundo viveiro construído.

"Mesmo morando na floresta, nem todo mundo sabe trabalhar com as plantas, com a terra. A oficina nos traz conhecimento, melhorando e muito a convivência: floresta-comunidade". (Maria Ramos da Costa, presidente da associação Amuralha, de Rodrigues Alves).


A oficina citada por dona Maria faz parte das atividades de produção de mudas e construção de viveiros, promovidas pela SOS Amazônia, por meio dos projetos ATER Agroecologia e Valores da Amazônia, realizadas no mês de novembro, nos municípios de Mâncio Lima (Comunidade Belo Monte); Porto Walter (Comunidade Besouro) e Rodrigues Alves (Comunidade Nova Cintra).


O objetivo das oficinas é apresentar noções sobre produção de mudas de espécies florestais nativas, além de capacitar as famílias com relação ao plantio, no tratamento das sementes e no momento da retirada dessas mudas para ir a campo. Assim como, prestar assessoria na construção de viveiros comunitários, feitos pelos próprios produtores, e que possuem capacidade de gerar 4.ooo mudas.


“Essa oficina é uma iniciativa que visa aumentar a efetividade das ações desses projetos com as famílias e comunidades envolvidas, pois, tendo os próprios moradores construindo a estrutura dos viveiros e produzindo as suas mudas, eles se sentem mais responsáveis e como parte desse processo", declarou o coordenador do projeto Valores da Amazônia, Álisson Maranho.


Thauana Ariana, Engenheira Florestal da SOS Amazônia, falou da importância de levar capacitação para as famílias das comunidades atendidas. "O trabalho desenvolvido nessas comunidades foi muito importante para os agricultores, uma vez que a utilização das técnicas abordadas no curso terá efeitos positivos na região, contribuindo para a valorização e conservação das espécies frutíferas e florestais", disse.


A iniciativa busca também o reflorestamento de áreas, que no passando não tão distante, foram degradadas com o uso de técnicas não sustentáveis como o desmatamento e o fogo.

"Não sabíamos dessas técnicas, o curso nos trouxe o aprendizado que faltava. Temos muitas áreas desmatadas e poder recupera-las é bom pra floresta e principalmente para todos nós que moramos na comunidade", destacou Maria Alderlene dos Santos, moradora da comunidade Nova Cintra.


Nos próximos meses serão construídos mais quatro viveiros na região do Juruá. As mudas cultivadas servirão para a implantação de Sistemas Agroflorestais nas comunidades.

O projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER Agroecologia, é uma parceria entre a SOS Amazônia e o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA. Enquanto o projeto Valores da Amazônia é desenvolvido com recursos do Fundo Amazônia/BNDES.

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