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Fortnite ganha primeiro mapa de terras indígenas e gamers terão que proteger a floresta

Levar para o ambiente virtual de um jogo o conflito socioambiental enfrentado por povos indígenas é o novo desafio do Fornite, jogo online que reúne milhares de gamers ao redor do mundo. Foi assim que nasceu O Mapa Originário, o primeiro mapa de terras indígenas no Fortnite em que os jogadores entram em ação para proteger a floresta e agir em defesa dos povos originários. A plataforma une entretenimento e mobilização social para despertar nos jovens o engajamento em causas relevantes e de impacto internacional. Ainda que seja no território virtual, os jovens se manifestam, engajam e lutam.

Entre os desafios da realidade adaptados ao contexto do jogo, estão apagar o fogo da floresta, eliminar as máquinas de madeireiros ilegais, expulsar garimpeiros, replantar árvores nativas, limpar os rios, além do desafio Death Run, com obstáculos que foram construídos na floresta.

Com criação da agência Leo Burnett Tailor Made e desenvolvimento da HeroBase, o mapa será disponibilizado ao público em 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas. O projeto é assinado em parceria com a Federação do Povo Huni Kuĩ do Acre, mas não representa uma etnia específica e, sim, cria uma representação de conflitos comuns vivenciados por diversos grupos indígenas da Amazônia.

O jogo traz ainda informações sobre a floresta, sustentabilidade, reconhecimento da fauna e flora nativas e do trabalho desenvolvido pela ONG SOS Amazônia, parceria na divulgação do jogo. O link de acesso ao jogo estará disponível no site sosamazonia.org.br.
Constituição
A Constituição Federal de 1988 garante o direito da demarcação de terras indígenas, estabelecendo o limite dos territórios e concedendo aos indígenas o direito à posse e uso exclusivo de suas terras, a partir de seu direito originário. Porém, os últimos anos no Brasil mostraram que esse direito assegurado pela Constituição está longe de ser realidade, com políticas e discursos contrários aos interesses indígenas e aumento expressivo nas taxas de desmatamento, garimpo ilegal, violência contra a população agroextrativista e invasão às terras indígenas.

O retrocesso contra a população originária precisa da atenção e do ativismo de toda a população, principalmente da geração Z, que são os jovens nascidos na era digital e que mais sofrerão com as mudanças climáticas no futuro.
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