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SOS Amazônia completa 34 anos e consolida uma trajetória dedicada à conservação florestal

No mês em que celebramos o Dia da Amazônia e o Dia da Árvore, a SOS Amazônia completa mais uma primavera e comemora, neste dia 30 de setembro, a chegada dos seus 34 anos de fundação. A semente de uma ONG de conservação ambiental foi plantada em 1988, por um grupo de pessoas que se reuniu para defender a causa extrativista ligada à produção de borracha. Participaram desse momento histórico o líder seringueiro Chico Mendes e o atual diretor geral Miguel Scarcello. 

Assim como uma árvore, aquela semente do passado germinou, cresceu, floresceu e ofertou bons frutos. No decorrer desses 34 anos, a SOS Amazônia ampliou seus projetos, caminhou por novos territórios de atuação, agregou parceiros e doadores, incrementou novas atividades produtivas e levantou a bandeira da conservação e da sustentabilidade. Se, no passado, a ONG surgiu para defender famílias ligadas ao corte da seringa, hoje, também trabalha pela manutenção de áreas protegidas, estruturação de cadeias produtivas, recuperação de áreas degradadas, proteção da biodiversidade e monitoramento da agenda socioambiental.

Entre conquistas e retrocessos, chegamos a 2022 como uma árvore frondosa. A nossa luta pela conservação da floresta é uma causa que transcende fronteiras e ganha protagonismo global. Da floresta vem o nosso trabalho, nosso sustento, nossas águas, nossa inspiração e pela floresta lutamos. Junte-se a nós!

Somos Amazônia.
Confira, a seguir, as principais ações da SOS Amazônia no presente.

Faça Florescer Floresta
Em parceria com a Doare, a SOS Amazônia lançou uma plataforma de plantio de árvores que possibilita a captação de recursos que serão destinados à recuperação de áreas degradadas, incluindo o entorno de nascentes. Com o site Faça Florescer Floresta, é possível doar espécies florestais, frutíferas e de palmeiras. E a plataforma ainda tem um diferencial! Além de doações individuais, é possível criar uma campanha personalizada, seja como pessoa física ou jurídica. Com apenas alguns cliques, qualquer pessoa pode plantar uma árvore na Amazônia, proporcionando benefícios ecológicos e econômicos para comunidades ribeirinhas e extrativistas, projetos de assentamento e Unidades de Conservação. Juntos, florescemos.

Foto: Edgar Azevedo


Recuperação florestal
Em 2022, a SOS Amazônia ganhou parceiros de peso para fortalecer as ações de recuperação florestal. Com a Nike, a proposta é recuperar 200 hectares (uma área equivalente a 200 campos de futebol) com o plantio de 400 mil árvores até 2025. Já com a fundação britânica Caring Family, o objetivo é plantar um milhão de árvores no modelo de Sistemas Agroflorestais até março de 2024, o que equivale a recuperar 650 campos de futebol. Cerca de 400 famílias residentes em comunidades extrativistas e projetos de assentamento serão beneficiadas diretamente com esta parceria.



Jovens Protagonistas
Cerca de 75 jovens participam do curso Protagonismo Jovem nas Reservas Extrativistas do Acre, que prevê a formação continuada de estudantes vinculados à Resex Alto Juruá, Resex Alto Tarauacá e Resex Riozinho da Liberdade. O objetivo do curso é proporcionar formação cidadã, crítica e reflexiva de jovens lideranças de Unidades de Conservação, buscando fortalecer a organização social dos territórios e o empoderamento da juventude em relação aos seus modos de vida. Entre os temas abordados, estão identidade extrativista, cadeias produtivas e sociedades sustentáveis. O curso é fruto de parceria entre a SOS Amazônia, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas e o Comitê Chico Mendes.



Cadeias produtivas
Açaí, borracha nativa, cacau silvestre e murmuru são alguns das cadeias de valor estruturadas pela SOS Amazônia, em estreita parceria com extrativistas e agricultores familiares. Como resultado, o incremento da produção extrativista, em 2021, gerou cerca de 1,5 milhão de reais. Somente no âmbito da cadeia de valor da borracha, com a reabertura de 128 antigas estradas de seringa, foram produzidas 70 toneladas de borracha Cernambi Virgem Prensado. Além de oferecer assistência técnica aos produtores, para adoção de boas práticas, a SOS Amazônia busca consolidar um arranjo comercial que possa garantir a venda de toda a produção.

Foto: Daiane Afonso


Mulheres da Borracha
Com o objetivo de ampliar a consciência das mulheres sobre a importância de sua participação na produção de borracha, a SOS Amazônia, o Instituto de Desenvolvimento Social (IDS) e a empresa Vert realizaram oficinas e ações multiplicadoras com mulheres residentes em comunidades do Acre que fornecem látex para a Vert, empresa francesa que utiliza borracha nativa para a produção de calçados. A produção de borracha sustentável é de origem familiar, ou seja, as mulheres também estão envolvidas nas diversas etapas da cadeia produtiva, desde o corte até a comercialização. O roteiro metodológico das oficinas incluiu atividades lúdicas, dinâmicas de grupo e apresentações artísticas com o objetivo de promover a troca de experiências, despertar a autovalorização e empoderar as mulheres nos diferentes espaços de atuação em que ela ocupa, seja na família, na cooperativa, no movimento social ou na cadeia de valor da borracha.



Proteção de quelônios
Os quelônios, também conhecidos como “bichos de casco”, formam um grupo de animais que incluem a tartaruga, o tracajá e o iaçá. Essas espécies estão desaparecendo dos rios amazônicos como consequência da caça predatória e da coleta dos ovos para venda ilegal. Com o objetivo de aumentar a população de quelônios, a SOS Amazônia, por meio do projeto Quelônios do Juruá, realiza o manejo participativo comunitário, com treinamento e educação ambiental de famílias residentes em Unidades de Conservação, vigilância das praias ameaçadas, cuidados com os filhotes após o nascimento e posterior soltura em áreas seguras.


Selo Doar
Após minucioso processo de auditoria do Selo Doar Critérios 2020-23, a SOS Amazônia foi aprovada em 48 dos 52 quesitos de avaliação disponíveis e foi certificada com o Selo Doar A+ de profissionalismo e transparência. Isso significa que a SOS Amazônia passa a fazer parte de um seleto grupo de organizações brasileiras certificadas de forma independente que alcançaram o padrão mínimo de qualidade definido pelo Instituto Doar, baseado nos principais modelos de certificação internacionais para organizações da sociedade civil.

Foto: Maíra Santos

Nova identidade visual
Três décadas depois de sua fundação, a SOS Amazônia revisita sua primeira identidade visual e apresenta uma nova marca com a proposta de conectar o passado e o presente. Essa transição foi norteada por uma palavra: resgate! Assim como uma árvore não se sustenta sem suas raízes, nossa atuação do presente está conectada às nossas origens, à nossa essência. Por isso, a nova marca volta a ter os cortes da seringueira, em traços que também estão presentes em toda a natureza, no formato de uma flor, no encontro de dois rios, no emaranhado das árvores, no desenho de um animal…



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