Texto: Wendeson Castro e Bleno Caleb | Foto: Gustavo Dantas (Mavo)
Dados do Inpe revelam que o desmatamento na Amazônia caiu 33,6 % no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 663 km² de floresta desmatada, registrando o menor índice dos últimos cinco anos. O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao lado de representantes do Ibama e ICMBio. "O desmatamento subia de forma exponencial. Agora, há uma tendência de queda consistente no desmatamento na Amazônia", disse a ministra, reforçando ainda que são dados preliminares.
Foi observada uma queda de 41% na taxa de desmatamento para o mês de junho (ano/referência 2022/2023) em comparação com o ano anterior (ano/referência 2021/2022), com base nos dados do Deter/Inpe. Se analisarmos a taxa média de desmatamento no mês de junho no período de 2015 a 2022, constatamos que houve uma redução de quase um quarto de perda da cobertura vegetal. Essa avaliação nos permite considerar que o desmatamento ainda continua explosivo e deve finalizar o ano/referência 2022/2023 na magnitude e severidade das perdas dos anos anteriores.
Por mais que essa tendência de queda permaneça em julho, em comparação com a média de todos os meses de julho no intervalo 2015-2022, espera-se que o desmatamento no atual mês fique em torno de 1.011 km2, ainda sob a realidade de desmatamento alarmante, atingindo perdas similares aos quatro últimos anos (Prodes-Inpe para 2018-2022: 10532±2206 km2).
Em outras palavras, se porventura a taxa de desmatamento no mês de julho fechasse em uma taxa igual ou similar a zero, o que seria muito improvável de ocorrer, dado o contexto de perdas instalado na Amazônia, estima-se que o desmatamento ano/referência 2022/2023 já foi no mínimo em torno de 10.644 (±1008 km2), o que é considerado uma taxa de desmatamento explosiva ainda presente na Amazônia.
Dados do Inpe revelam que o desmatamento na Amazônia caiu 33,6 % no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 663 km² de floresta desmatada, registrando o menor índice dos últimos cinco anos. O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao lado de representantes do Ibama e ICMBio. "O desmatamento subia de forma exponencial. Agora, há uma tendência de queda consistente no desmatamento na Amazônia", disse a ministra, reforçando ainda que são dados preliminares.
Foi observada uma queda de 41% na taxa de desmatamento para o mês de junho (ano/referência 2022/2023) em comparação com o ano anterior (ano/referência 2021/2022), com base nos dados do Deter/Inpe. Se analisarmos a taxa média de desmatamento no mês de junho no período de 2015 a 2022, constatamos que houve uma redução de quase um quarto de perda da cobertura vegetal. Essa avaliação nos permite considerar que o desmatamento ainda continua explosivo e deve finalizar o ano/referência 2022/2023 na magnitude e severidade das perdas dos anos anteriores.
Por mais que essa tendência de queda permaneça em julho, em comparação com a média de todos os meses de julho no intervalo 2015-2022, espera-se que o desmatamento no atual mês fique em torno de 1.011 km2, ainda sob a realidade de desmatamento alarmante, atingindo perdas similares aos quatro últimos anos (Prodes-Inpe para 2018-2022: 10532±2206 km2).
Em outras palavras, se porventura a taxa de desmatamento no mês de julho fechasse em uma taxa igual ou similar a zero, o que seria muito improvável de ocorrer, dado o contexto de perdas instalado na Amazônia, estima-se que o desmatamento ano/referência 2022/2023 já foi no mínimo em torno de 10.644 (±1008 km2), o que é considerado uma taxa de desmatamento explosiva ainda presente na Amazônia.
![](https://static.tildacdn.com/tild6232-6437-4665-a330-373365353939/Grfico_Wendeson_1.png)
Retomada da agenda socioambiental
Daniela Dias, coordenadora do Observatório Socioambiental do Acre, considera que, após anos de retrocesso em diversas áreas, O Brasil está em um processo de reconstrução da agenda política ambiental, por exemplo, com o retorno de políticas importantes como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criado em 2004 por Marina Silva e reativado no início do ano com seu retorno ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Há ainda o fortalecimento de uma atuação efetiva dos órgãos de fiscalização e controle do desmatamento, o que reflete nos dados divulgados pelo Inpe.
“Diretamente atrelada a esse movimento, está a priorização da agenda climática na pauta do governo federal a partir do investimentos em projetos baseados na sustentabilidade, com atividades de reflorestamento e incremento e valorização da bioeconomia e produção agroextrativista”, avalia Daniela.
A construção de políticas ambientais precisa ser pautada por uma discussão multissetorial, com membros do governo e sociedade civil para construção de modelos voltados à manutenção das florestas e dos povos originários, tendo como base um modelo econômico baseado em princípios da valorização de produtos da sociobiodiversidade e dos conhecimentos tradicionais, com especial atenção às necessidades dos territórios e suas comunidades.
Daniela Dias, coordenadora do Observatório Socioambiental do Acre, considera que, após anos de retrocesso em diversas áreas, O Brasil está em um processo de reconstrução da agenda política ambiental, por exemplo, com o retorno de políticas importantes como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criado em 2004 por Marina Silva e reativado no início do ano com seu retorno ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Há ainda o fortalecimento de uma atuação efetiva dos órgãos de fiscalização e controle do desmatamento, o que reflete nos dados divulgados pelo Inpe.
“Diretamente atrelada a esse movimento, está a priorização da agenda climática na pauta do governo federal a partir do investimentos em projetos baseados na sustentabilidade, com atividades de reflorestamento e incremento e valorização da bioeconomia e produção agroextrativista”, avalia Daniela.
A construção de políticas ambientais precisa ser pautada por uma discussão multissetorial, com membros do governo e sociedade civil para construção de modelos voltados à manutenção das florestas e dos povos originários, tendo como base um modelo econômico baseado em princípios da valorização de produtos da sociobiodiversidade e dos conhecimentos tradicionais, com especial atenção às necessidades dos territórios e suas comunidades.
![](https://static.tildacdn.com/tild3239-6165-4966-b039-646631336439/photo_gustavodant_by.jpg)