A Amazônia, maior floresta tropical e onde encontramos também a mais vasta biodiversidade do planeta, cada vez mais sofre com a invasão da pecuária ou até mesmo do agronegócio. Esse progresso, travestido de gado e defensivos agrícolas, conhecido por agrotóxico, vem devastando intensamente a floresta.
De acordo com o Imazon, em junho de 2016, o SAD detectou 972 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 97% em relação a junho de 2015 quando o desmatamento somou 494 quilômetros quadrados.
Porém, existem projetos como o de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER Agroecologia - uma parceria entre a SOS Amazônia e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário - MDSA, que busca alternativas para manter de pé essa riqueza em mais de 40 comunidades espalhadas pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.
Alguns exemplos dessas alternativas são: os Roçados Sustentáveis, que consiste no cultivo de leguminosas (mucuna-preta / Stizolobium aterrimum e puerária /phaseoloides), detentoras de grande potencial na recuperação dos solos improdutivos, deixando de lado processos de cultivo que degradam o ambiente, como a broca, o desmate e o fogo, além de diminuir consideravelmente a mão de obra; a construção de viveiros comunitários e a proteção dos Quelônios do Juruá.
"O principal objetivo é fazer com que essas famílias utilizem os recursos naturais de forma sustentável, ou seja, reflorestando áreas antes degradadas pelo uso do desmatamento e do fogo. Que passem, acima de tudo, a valorizar a floresta", destaca Maria Gleiciane Cruz, executiva ambiental da SOS Amazônia.