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SOS Amazônia: retrospectiva 2023

A celebração do Ano Novo nos convida a refletir sobre aprendizados, conquistas e desafios. Renovar é acreditar que o futuro pode ser melhor do que o momento presente. E nada melhor do que a gratidão para fazer a travessia entre o passado e o futuro, o ano velho e o ano novo...

Nosso sincero agradecimento a cada um e cada uma que se conecta para ajudar a Amazônia: parceiros, comunitários, conselheiros, associados, doadores, voluntários, seguidores e todas as pessoas que nos acompanham.

Somos Amazônia.

Confira, a seguir, 23 motivos para relembrar a atuação da SOS Amazônia no ano que passou. E ainda um bônus para festejar a chegada de 2024:

1º - Dia da Terra
Plantar uma árvore é um gesto de cuidado com o planeta e com as futuras gerações. Para celebrar o Mês da Terra, SOS Amazônia e One Tree Planted realizaram, entre os dias 10 e 12 de abril, uma ação coletiva de plantio de árvores na cabeceira do Rio Iquiri, localizada na Vila Hortigranjeira, em Capixaba. O encontro contou com a participação de profissionais da educação, colaboradores da SOS Amazônia, parceiros comunitários e cerca de 60 estudantes do ensino fundamental.
2º - Copa do Mundo Feminina
Para celebrar a força feminina nos campos de futebol, a Nike e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançaram a campanha “Joga Pra Sempre” para apresentar a coleção completa de uniforme da seleção brasileira da Copa Mundial Feminina de 2023, inspirada em palmeiras da Amazônia, como o buruti, a jaci e a jarina.
3º - Ação Civil Pública
Justiça Federal do Acre decide a favor da Ação Civil Pública, assinada pela SOS Amazônia, Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), para a não construção da estrada no trecho rodoviário que vai de Cruzeiro do Sul, no Acre, até Pucallpa, no Peru, enquanto não houver um estudo de viabilidade econômica, social e ambiental da obra.

4º - Marcha das Margaridas
O Acre esteve presente na 7ª edição da Marcha das Margaridas, realizada em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto, com uma delegação composta por 56 mulheres de 11 dos 22 municípios do estado. As participantes residem em comunidades extrativistas, ligadas à cadeia de valor da borracha e participaram do projeto Mulheres da Borracha, desenvolvido pela SOS Amazônia, Instituto de Desenvolvimento Social e empresa Veja, responsável pela presença da comitiva acreana na Marcha das Margaridas.
5º - Inauguração do Viveiro SOS Amazônia
Para celebrar seus 35 anos de fundação, a SOS Amazônia inaugurou no dia 29 de setembro, um viveiro de produção de mudas de espécies florestais, frutíferas e palmeiras com a proposta de fortalecer suas atividades de restauração florestal. O viveiro foi construído com apoio da The Caring Family Foundation (TCFF), Stanley e Nike e está localizado em uma região estratégica do estado do Acre, que registra maior concentração de desmatamento, com atividades agropecuárias e plantio de soja e cana.
6º - Aniversário de 35 anos
E lá se vão 35 anos de fundação da SOS Amazônia, uma ONG que nasceu com a missão de promover a conversação da biodiversidade e o crescimento da consciência ambiental. São 35 anos de vivências, memórias, conquistas, algumas perdas inevitáveis no caminho e muita disposição para contribuir com um mundo melhor, saudável e equilibrado. Para celebrar esse momento em grande estilo, realizamos um cerimonial, no dia 30 de setembro, com a presença de fundadores, conselheiros, parceiros comunitários, colaboradores e amigos e participação especial da dona Zenaide Parteira e do Baquemirim, a grande atração artística da noite.
7º - Seminário de avaliação final do Nossabio
Com o objetivo de compartilhar resultados, experiências e desafios enfrentados durante a execução do projeto Nossabio, foi realizado o seminário de avaliação final do projeto. O encontro foi realizado no Hotel Terraverde, em Rio Branco, nos dias 10 e 11 de outubro, e contou com a participação de extrativistas, pesquisadores, representantes de associações comunitárias, cooperativas e empresas ligadas ao projeto.
8º - Mapa Originário
Levar para o ambiente virtual de um jogo o conflito socioambiental enfrentado por povos indígenas é o novo desafio do Fortnite, jogo online que reúne milhares de gamers ao redor do mundo. Foi assim que nasceu O Mapa Originário, o primeiro mapa de terras indígenas no Fortnite em que os jogadores entram em ação para proteger a floresta e agir em defesa dos povos originários.
9º - Webinar sobre desmatamento e uso do fogo
Com a chegada do verão amazônico, período de ausência de chuvas na região, intensificam as atividades relacionadas ao desmatamento e uso do fogo, provocando incêndios e queimadas. Para colocar o assunto em pauta e trazer a percepção das possibilidades de apoio à causa, foi realizado um webinar no dia 22 de agosto de 2023, com dois convidados especialistas no assunto: Luiz Borges, biólogo e doutor em Ecologia, e Wendeson Castro da Silva, biólogo, mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, com experiência em monitoramento de ecossistemas florestais.
PROJETOS
10º - Aliança pelas Florestas do Acre
Consórcio entre SOS Amazônia, Comissão Pró-indígenas do Acre e Instituto Catitu, o projeto Aliança envolve povos indígenas e extrativistas em defesa das florestas do Acre, por meio de ações de proteção e monitoramento territorial. O projeto tem atuação direta em nove Terras Indígenas e três Unidades de Conservação, que abrigam uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Além dos benefícios ambientais, como a mitigação das mudanças climáticas, o Aliança fortalece a segurança alimentar de comunidades tradicionais e o empoderamento de jovens e mulheres.
11º - Fitoterápicos da Amazônia
A SOS Amazônia, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, busca fortalecer o setor de plantas medicinais em organizações do bioma Amazônia. Ao todo, recebem apoio quatro organizações, localizadas nos estados do Amapá e Pará, que comercializam plantas medicinais ou derivados. Com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o projeto oferece assessoramento técnico e administrativo às organizações para ampliar as relações comerciais e conquistar a certificação agroecológica.
12º - Nossabio - territórios conservados
O projeto fortalece a governança e a gestão comunitária em Unidades de Conservação e desenvolve cadeias produtivas sustentáveis a partir de produtos da sociobiodiversidade, como açaí, cacau silvestre, borracha, artefatos de madeira e ecoturismo. O projeto compõe o Legado Integrado da Região Amazônica, programa brasileiro de conservação idealizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com recursos do Fundo Amazônia e da Fundação Gordon e Betty Moore.
13º - Amuralha
A Associação de Mulheres Rurais Unidas por Liberdade, Humanidade e Amor (Amuralha), estruturada com apoio da SOS Amazônia e da Fundação Meriuex, está localizada na comunidade de Nova Cintra, no município de Rodrigues Alves. Reúne 42 mulheres que trabalham com a produção e comercialização de sabonetes de copaíba, açaí, andiroba, buriti, patauá, dentre outros produtos da floresta. Em 2023, a Amuralha lançou uma nova coleção de sabonetes, com potencial de alcançar um mercado ainda mais amplo.
14º - Mulheres da Borracha
Com o objetivo de ampliar a consciência das mulheres sobre a importância de sua participação na produção de borracha, a SOS Amazônia, o Instituto de Desenvolvimento Social (IDS) e a empresa Veja realizaram oficinas e ações multiplicadoras com mulheres residentes em comunidades do Acre que fornecem látex para a empresa francesa que utiliza borracha nativa para a produção de calçados. A produção de borracha sustentável é de origem familiar, ou seja, as mulheres também estão envolvidas nas diversas etapas da cadeia produtiva, desde o corte até a comercialização. O roteiro metodológico das oficinas incluiu atividades lúdicas, dinâmicas de grupo e apresentações artísticas com o objetivo de promover a troca de experiências, despertar a autovalorização e empoderar as mulheres nos diferentes espaços de atuação em que ela ocupa, seja na família, na cooperativa, no movimento social ou na cadeia de valor da borracha.
15º - Faça Florescer Floresta
Criado em 2019, o projeto promove a recuperação de áreas degradadas, incluindo o entorno de nascentes, com a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), isto é, o cultivo consorciado de espécies florestais, frutíferas e de palmeiras de interesse ecológico e econômico. Desde sua criação, conta com o apoio de doações espontâneas e de empresas e organizações como a The Caring Family Foundation, Nike, One Tree Planted, Conservação Internacional e PMI Worldwide, dentre outras. Até 2025, a proposta é beneficiar diretamente 840 famílias com o plantio de um milhão e seiscentas mil mudas.
16º - Observatório Socioambiental
O Observatório foi criado com o objetivo de monitorar e difundir informações sobre a agenda de políticas públicas relacionadas à conservação e gestão ambiental. É uma realização do Projeto Harpia e conta com apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS).
17º - Quelônios do Juruá – eu protejo!
Com o objetivo de aumentar a população de quelônios, o projeto realiza o manejo participativo comunitário, com ações de educação ambiental, treinamento de famílias ribeirinhas, vigilância das praias ameaçadas, cuidados com os filhotes após o nascimento e posterior soltura em áreas seguras. Em 2023, foram realizadas 6 oficinas de formação de 31 agentes de monitoramento em 47 praias demarcadas de quatro unidades de conservação. Como resultado, mais de dois mil filhotes de quelônios foram devolvidos à natureza nas Resex Alto Juruá e Riozinho da Liberdade, e na Comunidade Carlota, em Cruzeiro do Sul.
18º - SOS Reciclagem
A campanha tem por objetivo promover a educação ambiental sobre a correta destinação dos resíduos sólidos recicláveis. A ideia começou a ser colocada em prática em fevereiro de 2013, por meio de uma campanha experimental para separação e descarte seletivo de materiais recicláveis. Atualmente, a campanha é realizada na sede da SOS Amazônia, em Rio Branco, onde as pessoas podem destinar embalagens plásticas, alumínio e pilhas.
SEMEANDO O FUTURO

19º - Assistência técnica
O trabalho de assistência técnica e extensão rural e florestal (ATERF) é um dos pilares da SOS Amazônia, porque orienta o desenvolvimento das atividades de campo para a adoção de boas práticas, a fim de garantir o alcance de objetivos econômicos e ambientais dos projetos. A base deste trabalho está no repasse de informações técnicas aos produtores e extrativistas, em contato imediato com as famílias, o que proporciona um espaço de compartilhamento e troca de saberes que potencializa a produção dos territórios.
20º - Viagens e deslocamentos
Faça chuva ou faça sol, equipes da SOS Amazônia estão em campo para fortalecer atividades produtivas sustentáveis em Unidades de Conservação, projetos de assentamento e comunidades tradicionais. Seja de carro, barco, moto, quadriciclo ou até mesmo a pé, os técnicos se embrenham pela floresta e chegam até comunidades ribeirinhas, extrativistas e de agricultores familiares. Em 2023, a atuação da SOS Amazônia foi predominante no estado do Acre, com ações pontuais no Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia.
21º - Viveiros comunitários
Para garantir o sucesso das ações de restauração florestal e facilitar a logística em locais de difícil acesso, a SOS Amazônia constrói viveiros comunitários para potencializar a produção de mudas. O objetivo é empoderar as famílias para que elas possam ter condições de ampliar suas áreas de restauração e consigam diversificar a produção com espécies de interesse ecológico e econômico, possibilitando a comercialização do excedente em feiras locais.
22º - Agrofloresta
A recuperação de áreas degradadas, conforme a densidade do plantio, comporta de mil a duas mil e quinhentas espécies por hectare. O trabalho de restauração é realizado em estreita parceria com os beneficiários do projeto, residentes em comunidades ribeirinhas e extrativistas, projetos de assentamento e Unidades de Conservação. Além das espécies florestais, as famílias podem incrementar os SAFs com a inserção de espécies agrícolas, como milho, feijão, banana e macaxeira.
23º - Equipe
Somos um time de 48 colaboradores, que agregam alegria, criatividade e profissionalismo à nossa missão.
E comemorando a chegada de 2024...

24º - Plante uma árvore na Amazônia
Com o site Faça Florescer Floresta, é possível doar espécies florestais, frutíferas e de palmeiras por apenas 25 reais por muda. E a plataforma ainda tem um diferencial! Além de doações individuais, é possível criar uma campanha personalizada, seja como pessoa física ou jurídica. Com apenas alguns cliques, qualquer pessoa pode plantar uma árvore na Amazônia, proporcionando benefícios ecológicos e econômicos para comunidades ribeirinhas e extrativistas, projetos de assentamento e Unidades de Conservação.

Juntos Florescemos.

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