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SOS Amazônia realiza oficina de produção de mudas no Centro Huwã Karu Yuxibu

Nada melhor do que celebrar o Dia do Meio Ambiente cuidando da natureza e semeando o futuro. No dia 5 de junho, a SOS Amazônia realizou uma oficina de produção de mudas no Centro Huwã Karu Yuxibu, que está em processo de restauração florestal. Como é costume na tradição de seu povo, o cacique Mapu Huni Kuin fez um rezo de abertura para criar um espaço de sabedoria e aprendizado.

Sob o acompanhamento da equipe técnica da SOS Amazônia, os indígenas receberam orientações de boas práticas a serem adotadas no processo de produção de mudas, como o preparo do substrato para semeadura, o cuidado com pragas e ervas daninhas, a irrigação adequada e o enchimento de saquinhos.

Ao todo, foram preparados quase mil saquinhos de mudas, que receberam sementes de açaí e cacau. Um detalhe que faz toda a diferença é que o material plástico dos saquinhos é biodegradável, ou seja, ele pode ser plantado com a muda no berço e, com o tempo, se dissolve naturalmente na terra.
A ação faz parte do programa Planeta Verde, lançado pelo Instituto Alok, com apoio do Fundo Comunitário do Airbnb, para fortalecer ações de restauração florestal na Amazônia. No âmbito da parceria com o Centro Huwã Karu Yuxibu, a SOS Amazônia já realizou a construção de um viveiro comunitário, com capacidade de produzir 20 mil mudas, e a implantação de um sistema de irrigação.

“O nosso verão amazônico está começando, período em que o fluxo de chuvas diminui. O sistema de irrigação que está sendo colocado na propriedade para manter a irrigação do sistema agroflorestal e, assim, garantir a sobrevivência das mudas na estação seca”, explica Adair Duarte, líder de Restauração Florestal da SOS Amazônia.
Campo da Fartura

Em parceria com o Instituto Alok, com apoio do Fundo Comunitário do Airbnb, a SOS Amazônia promove a restauração florestal de sete hectares do Centro Huwã Karu Yuxibu, devastado por um incêndio criminoso em 2019. Com o plantio de agrofloresta, será realizado o plantio consorciado de espécies florestais nativas, frutíferas e palmeiras, de interesse ecológico e econômico, que possam assegurar a recomposição da paisagem florestal, o fortalecimento da segurança nutricional da população indígena vinculada ao Centro e a comercialização excedente produzido no sistema agrofloresta.
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