Um artigo publicado na revista científica Land Use Policy, por pesquisadores que trabalham na Amazônia Maranhense, afirma que toda área está ameaçada a sumir do mapa junto as histórias de seus povos tradicionais.
Setenta e cinco por cento da floresta amazônica no Maranhão já foi desmatada, carregando com isso danos ambientais, sociais e econômicos para o estado. Além disso, a região registra níveis altíssimos de queimadas, com rigorosa escassez de água e luta contra os piores indicadores sociais e econômicos do país.
O desmatamento nesta região está associado também a violações severas dos direitos humanos, como casos de pessoas em regime de trabalho análogo à escravidão, conflitos pela terra e assassinatos de camponeses e indígenas.
“O Maranhão precisa urgentemente estabelecer uma política de “Desmatamento Zero” e de proteção das florestas secundárias,” diz a Dra. Danielle Celentano, professora da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
O artigo que busca trazer olhares para essa parte da Amazônia brasileira que está ameaçada, também apresenta recomendações especificas para o Governo do Estado do Maranhão, com mecanismos para conservar e restaurar a floresta amazônica e garantir benefícios diretos e indiretos para a economia e bem-estar de toda a população.
“A região amazônica do Maranhão protege uma diversidade biológica riquíssima, que inclui muitas espécies endêmicas ameaçadas de extinção” afirma Marlúcia Martins, pesquisadora do Museu Paraense Emilio Goeldi.
Por Deylon Félix