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Instituto Catitu lança Katahirine - Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas

Instituto Catitu realiza live de lançamento de Katahirine - Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas. A live será transmitida neste sábado, dia 29 de abril, às 19h, pelo canal do Instituto Catitu no YouTube.

A Rede Katahirine
A Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas é aberta, coletiva e composta por mulheres que atuam nas áreas do audiovisual e comunicação com o objetivo de fortalecer a luta dos povos originários por meio do cinema. A Rede surge com o objetivo de ser um espaço coletivo para fortalecer e visibilizar a produção audiovisual das mulheres indígenas do Brasil e América Latina.

Origem da palavra Katahirine
Katahirine é uma palavra da etnia Manchineri que significa constelação. Assim como o próprio nome sugere, Katahirine é a pluralidade, conexão e a união de mulheres diversas que se apoiam e promovem mulheres indígenas no audiovisual brasileiro. Dessa constelação participam mulheres de todos os biomas, de diferentes regiões e povos, mulheres indígenas que se uniram com o objetivo de fortalecer a luta dos povos originários por meio do audiovisual.

O site
A Rede Katahirine é a primeira iniciativa de mapeamento do cinema indígena feminino do país. Ela será lançada junto com o seu site, uma plataforma que possibilita não só a exibição de seus conteúdos, mas a projeção das trajetórias e o fortalecimento de ações coletivas das mulheres indígenas no campo da imagem (Audiovisual e Cinema). Cada cineasta dispõe de autonomia sobre os conteúdos disponibilizados na plataforma: os filmes, biografias, imagens e textos sobre o trabalho realizado pela cineasta.

Números e povos indígenas de mulheres cineastas que participam da Rede Katahirine
Até o momento já foram mapeadas 71 realizadoras indígenas de 32 povos e este número só tende a crescer cada vez mais. Um dos objetivos da rede é manter este mapeamento sempre atualizado para abrigar novas diretoras e expandir a rede para as mulheres indígenas da outros países da América Latina ainda em 2023.

O Conselho Curador da Rede Katahirine
A Rede tem um Conselho com a missão de garantir a participação indígena nas tomadas de decisão, promover articulações para incidência em políticas públicas que beneficiem a produção audiovisual das mulheres indígenas, elaborar e propor às demais os critérios da curadoria das cineastas e das obras, propor debates sobre temas relevantes para o coletivo, estabelecer diretrizes para o desenvolvimento das atividades da Rede.
O Conselho é formado majoritariamente por mulheres cineastas e pesquisadoras indígenas de diferentes etnias. Dele participam atualmente as cineastas indígenas Graciela Guarani, da etnia Guarani Kaiowá, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, da etnia Mbyá-Guarani, Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, da etnia Tupinambá/Pataxó Hã-Hã-Hãe e Vanúzia Bomfim Vieira, do povo Pataxó. Fazem parte também Mari Corrêa, cineasta e diretora do Instituto Catitu, Sophia Pinheiro, artista visual e cineasta e a jornalista Helena Corezomaé, da etnia Balatiponé.

Projeto do Instituto Catitu
A Rede Katahirine foi concebida pelo Instituto Catitu, organização que atua junto aos povos indígenas para o fortalecimento do protagonismo das mulheres e jovens indígenas na defesa de seus direitos por meio do uso de novas tecnologias como ferramentas para expressar, transmitir e compartilhar conhecimentos a partir de suas visões de mundo. A coordenação da Rede Katahirine é composta por Mari Corrêa, Sophia Pinheiro e Helena Corezomaé.
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