O projeto Valores da Amazônia, que tem apoio financeiro do Fundo Amazônia, busca há mais de dois anos integrar, estruturar e fortalecer as cadeias de valor de produtos florestais não madeireiros, como o cacau silvestre, os óleos vegetais e a borracha, em nove instituições do Acre e Amazonas.
Como parte desta iniciativa, foram realizadas entre os dias 11 a 15 nas comunidades Maloca e Pentecoste, em Mâncio Lima, Oficinas de boas práticas da coleta do buriti e açaí.
O açaí e o Buriti, frutos típicos da região norte do Brasil, possuem importância social e econômica que servem como fonte de renda para famílias beneficiárias participantes do projeto, e são espécies que fazem parte da luta de preservação que busca manter a floresta em pé.
Com auxílio dos técnicos da instituição, mais de 50 famílias participaram de atividades experimentais com instruções sobre os cuidados e uso correto dos equipamentos de segurança, manejo e limpeza da área, localização, a forma correta de retirada das espécies e deslocamento.
De acordo com Francisca Lima, técnica em Agroecologia da SOS Amazônia, a produção dessas ações servem como incremento e incentivo na vida dos moradores da região.
"O principal objetivo destas atividades foram capacitar os cooperados e coletores a utilizar as ferramentas de coleta para retirada dos frutos de forma correta sem agredir o ambiente e sem a necessidade de fazer a derrubada das espécies, prática antes realizada por eles,” afirma Francisca.
Além de ser uma das etapas imprescindíveis para o andamento dos trabalhos dentro das cooperativas, a capacitação serviu também como um importante meio para o desenvolvimento das fases que ainda serão realizadas.
"Por meio destas ações foi possível ter uma troca de conhecimentos com as comunidades, além de poder apresentar alternativas quanto ao procedimento correto de coleta baseado na boa gestão dos recursos naturais," diz Elizana Araujo, engenheira Florestal.
Ao final da oficina, os colaboradores que tiveram explicações sobre a importância destes produtos da sociobiodiversidade e do uso correto de EPI’s, receberam três kits de extração e escalada em cada comunidade, formando grupos de trabalho, além de terem firmados acordos de entrega para a cooperativa.
Por Deylon Félix