Ícone do legado deixado pelo líder seringueiro Chico Mendes, a Resex que leva seu nome sofre há anos com desmatamento, queimadas e invasão de terras para avanço da atividade agropecuária.
Outras seis Unidades de Conservação do Acre aparecem na lista: Resex do Alto Juruá (com 104 focos), Parque Nacional da Serra do Divisor (56 focos), Resex do Alto Tarauacá (52 focos), Resex Riozinho da Liberdade (34 focos), Resex do Cazumbá-Iracema (17 focos) e Floresta Nacional de Santa Rosa do Purus (16 focos).
Nesse cenário de ameaças, o Acre aparece em 4º lugar entre os estados com maior incidência de queimadas, com 5.043 focos de incêndio em setembro de 2022, atrás apenas do Pará (9.065), do Mato Grosso (7.348) e do Amazonas (6.106). Chama a atenção o fato de que, territorialmente, o Acre é muito menor do que esses estados e, no entanto, aparece com alto índice de queimadas.
Os dados demonstram a situação de fragilidade dos órgãos de fiscalização e controle de desmatamento e queimadas e a vulnerabilidade de áreas protegidas em um contexto de retrocesso ambiental, marcado por impactos ambientais e pela pressão do agronegócio.