Maior floresta tropical do planeta é habitada por povos milenares e oferece serviço ambiental através da floresta em pé
Texto: Livia Souza Silva*
Imagens: Gustavo Dantas
Texto: Livia Souza Silva*
Imagens: Gustavo Dantas
A Amazônia se estende por cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados na América do Sul e ocupa mais da metade do território brasileiro. Esse vasto bioma é intensamente povoado, abrigando cerca de 47 milhões de pessoas de diferentes raízes culturais, das quais duas milhões de pessoas são pertencentes a povos indígenas, distribuídos em 500 etnias.
Uma de suas maiores contribuições como grande natureza amiga são os serviços ambientais que prestam ao todo global, nas complexas e dinâmicas interações ecossistêmicas. Contudo, essas interações não seriam possíveis sem a presença do principal componente desse bioma: as florestas.
Ao longo dos séculos, a ciência vem descobrindo e revelando as minuciosas relações existentes entre as florestas e o clima, sendo possível conhecer e compreender como ocorrem as interatividades através do legado das florestas antropogênicas, uma das diversas representações da identidade amazônica como patrimônio natural.
Uma de suas maiores contribuições como grande natureza amiga são os serviços ambientais que prestam ao todo global, nas complexas e dinâmicas interações ecossistêmicas. Contudo, essas interações não seriam possíveis sem a presença do principal componente desse bioma: as florestas.
Ao longo dos séculos, a ciência vem descobrindo e revelando as minuciosas relações existentes entre as florestas e o clima, sendo possível conhecer e compreender como ocorrem as interatividades através do legado das florestas antropogênicas, uma das diversas representações da identidade amazônica como patrimônio natural.
A crise climática e a Amazônia: o poder da respiração das árvores
A Amazônia é envolta por incompreensões dos mais diversos tipos, ganhando destaque o desconhecimento sobre seus processos ecológicos e o balanço energético, que sustentam seus ecossistemas. As árvores utilizam grande quantidade de água do solo durante a evapotranspiração e, dessa forma, transferem para a atmosfera a umidade relativa do ar, fato que também a faz se caracterizar como floresta úmida.
Carreada a umidade, o vapor d’água se faz na sua forma condensada pela presença de compostos fenólicos ou aromáticos que também são emitidos na atmosfera pela respiração das árvores, servindo como elementos de nucleação para formação das nuvens.
Sempre em movimento, as correntes de ar transportam as nuvens carregadas de vapor condensado para outras áreas fazendo cair intensas chuvas. Em paralelo, ocorre a entrada de vapor das águas oceânicas sobre as florestas que, ao se condensarem, da mesma forma, retornam ao oceano pelo escoamento das chuvas. Esse fenômeno origina o que popularmente conhecemos como ‘rios voadores’.
Dessa forma, a água existente no sistema é transferida do solo para a atmosfera e novamente volta para o solo, gerando um clima benéfico e favorável, advindo tanto do vapor de água das florestas como dos oceanos.
O desmatamento em escala regional leva a um clima mais quente e seco sobre a área desmatada. A Amazônia, com seu componente florestal, é crucial no ciclo climático global. Combater o desmatamento e a degradação florestal é responsabilidade de todos.
A Amazônia é envolta por incompreensões dos mais diversos tipos, ganhando destaque o desconhecimento sobre seus processos ecológicos e o balanço energético, que sustentam seus ecossistemas. As árvores utilizam grande quantidade de água do solo durante a evapotranspiração e, dessa forma, transferem para a atmosfera a umidade relativa do ar, fato que também a faz se caracterizar como floresta úmida.
Carreada a umidade, o vapor d’água se faz na sua forma condensada pela presença de compostos fenólicos ou aromáticos que também são emitidos na atmosfera pela respiração das árvores, servindo como elementos de nucleação para formação das nuvens.
Sempre em movimento, as correntes de ar transportam as nuvens carregadas de vapor condensado para outras áreas fazendo cair intensas chuvas. Em paralelo, ocorre a entrada de vapor das águas oceânicas sobre as florestas que, ao se condensarem, da mesma forma, retornam ao oceano pelo escoamento das chuvas. Esse fenômeno origina o que popularmente conhecemos como ‘rios voadores’.
Dessa forma, a água existente no sistema é transferida do solo para a atmosfera e novamente volta para o solo, gerando um clima benéfico e favorável, advindo tanto do vapor de água das florestas como dos oceanos.
O desmatamento em escala regional leva a um clima mais quente e seco sobre a área desmatada. A Amazônia, com seu componente florestal, é crucial no ciclo climático global. Combater o desmatamento e a degradação florestal é responsabilidade de todos.
A agrofloresta do seu Gilberto
“O meu ideal mesmo é ajudar a natureza. Ajudando a natureza, tá mais do que bom”, conta Gilberto Azevedo da Silva, morador do Sítio São Luís, em Cruzeiro do Sul, onde realizou o plantio de agrofloresta em cinco hectares de sua propriedade.
O extrativista de 66 anos reconhece que o processo de mudanças climáticas é real e percebe seus efeitos na comunidade onde mora. Para ele, o aumento da temperatura e a escassez das águas são sinais evidentes da crise climática em curso no planeta.
Proteger a floresta em pé e restaurar as áreas degradadas são medidas indispensáveis à mitigação desses efeitos. Por isso, seu Gilberto se dedica ao plantio de espécies florestais, frutíferas e palmeiras, visando benefícios ecológicos e econômicos.
Confira no vídeo.
“O meu ideal mesmo é ajudar a natureza. Ajudando a natureza, tá mais do que bom”, conta Gilberto Azevedo da Silva, morador do Sítio São Luís, em Cruzeiro do Sul, onde realizou o plantio de agrofloresta em cinco hectares de sua propriedade.
O extrativista de 66 anos reconhece que o processo de mudanças climáticas é real e percebe seus efeitos na comunidade onde mora. Para ele, o aumento da temperatura e a escassez das águas são sinais evidentes da crise climática em curso no planeta.
Proteger a floresta em pé e restaurar as áreas degradadas são medidas indispensáveis à mitigação desses efeitos. Por isso, seu Gilberto se dedica ao plantio de espécies florestais, frutíferas e palmeiras, visando benefícios ecológicos e econômicos.
Confira no vídeo.
Livia Souza Silva é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Acre (Ufac) e mestre em Botânica pelo Programa de Pós-Graduação em Botânica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em taxonomia e sistemática vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: identificação botânica, padrões de venação foliar, alfabetização científica e desenvolvimento de métodos na interculturalidade entre a ciência indígena e ocidental.